domingo, 24 de julho de 2016

Em defesa da universidade pública, #somosuerj!

Por Luciano Mendes de Faria Filho.

Esse é um país muito louco mesmo! Em qual outro lugar do mundo haveria um investimento tão pesado dos poderes públicos para acabar com uma universidade de qualidade como está ocorrendo, no Rio de Janeiro, com a UERJ? E pior, ainda, com a complacência da mídia e de boa parte da população? Sei não, acho que em nenhum outro!
O problema é muito mais sério do que o sucateamento e a desestruturação de uma das melhores universidades do país. Trata-se de uma verdadeira lógica de ataque às instituições públicas, pelo próprio poder público que deveria zelar pelo seu funcionamento. Mas não apenas. Hoje (20/07), fui procurado por uma jornalista d’O Globo, que me fez a seguinte indagação: “Uma pesquisa demonstrou que 50% dos jovens brasileiros querem fazer o ensino superior, mas não têm dinheiro para pagar. O governo cortou parte do financiamento que poderia ajudá-los. O que fazer?”.
Não bastasse o Brasil ter um dos piores índices do mundo na oferta de vagas no ensino superior – apenas 24% das vagas são públicas -, a ideia posta é de que a saída seria mais financiamento público para a iniciativa privada no ensino superior.  E, me parece, é essa lógica que funciona no caso da UERJ: para que manter uma universidade pública de qualidade funcionando se fortalecer a iniciativa privada é muito mais fácil? O problema é que essa facilidade tem um alto custo para a sociedade brasileira e me faz lembrar o “pato da FIESP”: quem paga o pato dessa facilidade é, justamente, a população mais pobre!
Minha relação com a UERJ vem desde há muitos anos quando passei a frequentar as Reuniões Anuais da ANPED e lá me encontrar com muitos de seus alunos e professores. É de lá um dos mais importantes grupos de história da educação do país, área em que atuo e na qual mantenho parcerias com os grupos da UERJ desde o final dos anos de 1990. Lá já dei aulas, participei de seminários e publicações conjuntas e compartilhei vários projetos nacionais e internacionais.
Não é por acaso, também, que na UERJ se encontra um dos três Programas de Pós-Graduação com Nota 7 – a máxima! –  na Área de Educação.  Mas não é apenas isso: a UERJ teve, e tem, um papel fundamental e pioneiro na implantação de políticas de cotas no Brasil e, do mesmo modo, na intensificação e qualificação da relação brasileira com as ciências humanas e sociais latino-americanas.  Ambas as iniciativas são, hoje, reconhecidas como exitosas pela comunidade acadêmica nacional e internacional.
Por isso tudo, ao impedir o pleno funcionamento da UERJ, o governo do Rio de Janeiro não está apenas investindo contra uma universidade pública de qualidade, o que por si só já um crime de enorme grandeza: está também, de fato, impossibilitando a realização de projetos reconhecidos e ampliados por todo o Brasil.
Não nos esqueçamos, a sorte da UERJ é a nossa sorte! A luta daqueles e daquelas que lutam pela continuidade da UERJ como uma universidade pública e de qualidade é de todos nós! Por isso, #somosuerj!
Você também pode acessar esse texto através do link:

quarta-feira, 22 de junho de 2016

IX CBHE - História da Educação: Global, nacional e regional


A nona edição do Congresso Brasileiro de História da Educação acontecerá na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, entre os dias 15 e 18 de agosto. 

Cronograma: 

Envio de resumos para comunicações coordenadas e individuais: 01/06/2016 a 15/08/2016

Divulgação dos resultados dos trabalhos aprovados: 30/11/2016

Prazo para recursos: de 1 a 12/12/2016

Envio de trabalhos completos: até 28/02/2017

ObsPara o envio do resumo os sócios/as deverão estar com a anuidade de 2016 quitada junto à Tesouraria da SBHE.

domingo, 1 de maio de 2016

IX CBHE - História da Educação: Global, nacional e regional. 15 a 18/08/2017



Primeira chamada do IX CBHE:
Desde a sua fundação, ocorrida em 1999, a Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE) tem cumprido o importante papel de congregar professores/as e pesquisadores/as brasileiros/as que desenvolvem atividades de ensino e pesquisa na área, de forma a estimular a realização de estudos pautados pela crítica e pela pluralidade teórica, bem como promover o intercâmbio com outras entidades de representação nacional e internacional no campo da história da educação e áreas afins.
Nesta perspectiva, um dos espaços desenhados para a divulgação e o intercâmbio de conhecimentos produzidos no campo tem sido o Congresso Brasileiro de História da Educação (CBHE), que se realiza, desde o ano 2000, a cada dois anos. O I CBHE aconteceu no Rio de Janeiro, tendo como sequência as cidades de Natal (RN), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Aracajú (SE), Vitória (ES), Cuiabá (MT) e Maringá (PR).
 Dando prosseguimento a este esforço continuado de debates em torno de diferentes temáticas associadas à história da educação, iniciamos os preparativos para o IX CBHE, que acontecerá de 15 a 18 de agosto de 2017, na cidade de João Pessoa (PB).  Cientes da responsabilidade que representa sediar este evento, esperamos acolher os participantes com a mesma competência que nos foi deixada como legado pelos organizadores dos congressos que nos antecederam.

 
EIXOS TEMÁTICOS
1.    Políticas e Instituições educativas
2.    Intelectuais e projetos educacionais
3.    Imprensa e impressos educacionais
4.    Formação e profissão docente
5.    Educação e Gerações
6.    Disciplinas escolares e ensino de história da educação
7.    Memória e patrimônio educativo
8.    Teoria da história e historiografia da educação
9.    Educação profissional
10.    Movimentos sociais, etnias e gênero

CRONOGRAMA
Submissão de resumos: de 01/06 a 15/08/2016
Nota 1: Para o envio do resumo os sócios/as deverão estar com a anuidade de 2016 quitada junto à Tesouraria da SBHE.
Avaliação pelo Comitê Científico: de 01/09/2016 a 30/10/2016
Divulgação dos resultados dos trabalhos aprovados: 30/11/2016
Prazo para recursos: de 1º a 12/12/2016
Envio de trabalhos completos: até 28/02/2017
Nota 2: Não serão aceitas solicitações de recursos fora do prazo estipulado.
Nota 3: Os pareceres dos resumos não aceitos serão enviados por e-mail aos autores.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Documentário: No Império chega o Ensino Secundário

Sinopse: Com a criação, no Rio de Janeiro, do Colégio Pedro II , idealizado pelo próprio imperador para servir de modelo a outros cursos para o ensino secundário, inauguramos aqui esta modalidade de ensino, antes dispersa em aulas particulares destinadas à preparação para o ingresso nos cursos superiores.


No Império chega o Ensino Secundário - Parte 1 

No Império chega o Ensino Secundário - Parte 2

No Império chega o Ensino Secundário - Parte 3


Canal no Youtube: Univesp TV 
https://www.youtube.com/channel/UCBL2tfrwhEhX52Dze_aO3zA 

quinta-feira, 17 de março de 2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Menino 23 - Infâncias perdidas no Brasil

Belisário França, diretor do documentário premiado Amazônia Eterna: 
http://www.giros.com.br/ficha.aspx?id=1,  acabou de concluir um documentário baseado em uma tese de doutorado defendida na UNICAMP sobre o "tráfico" de meninos pobres de um orfanato do RJ para uma fazenda do interior de SP, nos anos 1930.
Trata-se da tese do Sidney Aguilar Filho – “Educação, autoritarismo e eugenia : exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil (1930-1945)”, disponível em 


Breve sinopse:
Sidney Aguilar ensinava história em sala de aula quando soube da existência de tijolos marcados com a suástica na fazenda de uma aluna. 
O documentário Menino 23 segue as investigações de Sidney sobre os tijolos e revela que por trás deles havia meninos negros e órfãos, vítimas de um projeto de limpeza social amparado por teorias nazistas. 
Aloysio Silva, o Menino 23, sobreviveu para contar essa história.

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