PROGRAMA DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Faculdade de Educação
da UFMG
Conhecimento e
Inclusão Social
Aos /Às colegas do FORPRED e da
Coordenação da Área de Educação na CAPES,
Reunid@s em Assembleia do dia 23
de setembro, o corpo docente do PPGE-UFMG fez uma longa e produtiva discussão
sobre as propostas da Comissão de Área para a avaliação quadrienal e, como
resultado, foi possível externar a grande preocupação com alguns dos aspectos
da proposta que podem ter um efeito nefasto para o conjunto da Área.
Sabemos, pois acompanhamos os
esforços da Comissão de Área, que os embates com a CAPES são grandes e delicados.
No entanto, todo o esforço de nossos representantes deveria ser mobilizado para
assegurar que as políticas atuais da CAPES, que visam claramente prejudicar os
programas das Humanidades, tivessem o menor impacto possível em nossa Área.
Por isso, preocupa-nos que, nesse
momento em que deveríamos mobilizar nossas energias para lutar contra o
DESMONTE do Sistema Nacional de PG e de Pesquisa, tenhamos, mais uma vez, que
deslocar nossos esforços para fazer frente à tentativa da Comissão de Área em
implementar mudanças bruscas nos rumos da Pós-Graduação em Educação. Por mais
legítima que seja a Comissão de Área, apenas três pessoas não podem querer
substituir, na direção a ser tomada pela Área, o escrutínio e a experiência de
milhares de colegas que se dedicam diuturnamente à pesquisa e à formação de
novos profissionais e pesquisadores em Educação.
Também não é justo que, mais uma
vez, os critérios e quesitos da avaliação sejam mudados transcorridos
praticamente três anos do quadriênio. Essa INSTABILIDADE DOS CRITÉRIOS, além de
ser negativa do ponto de vista da afirmação da área no conjunto da comunidade
científica nacional, é profundamente deletéria para o processo de avaliação,
uma vez que o trabalho já transcorreu e não é possível refazê-lo, ainda que seja
possível refazer os relatórios dos anos anteriores. Nesse sentido,
veementemente defendemos que as mudanças nos parâmetros de avaliação desse
quadriênio seja a menor possível e que as normas que valerão para o próximo
quadriênio sejam definidas ainda em 2020.
Propomos, assim, que sejam
revistos aspectos fundamentais da proposta de avaliação apresentada pela
Comissão de Área, notadamente no que diz respeito à avaliação das notas dos
indicadores de cada PPG em comparação aos quartis de toda a área; à redução do
tempo de titulação do mestrado; à desvalorização dos livros autorais e dos
capítulos; à redução para apenas quatro o número de publicações de cada docente
a ser considerado e a imposição da sua natureza (se livro, capitulo ou artigo).
Bem sabemos, sobretudo nós do
campo da Educação, que uma AVALIAÇÃO JUSTA é aquela que segue parâmetros
previamente acordados entre quem avalia e quem é avaliado. Nesse sentido, pelas
razões acima expostas, consideramos que é INJUSTA a avaliação ora proposta,
pois parte significativa de seus parâmetros somente agora, decorridos ¾ do
quadriênio, estão sendo explicitadas.
Programa de
Pós-Graduação em Educação
Conhecimento e
Inclusão Social (PPGE/FaE/UFMG)
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